Só Hoje




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Só Hoje vídeo de projeção em grandes dimensões, em loop. Retrata um fragmento de uma das ruas do bairro onde resido. Enquanto o fluxo do tráfego ocorre normalmente, as pétalas das flores retornam à árvore. Só Hoje remete a um intervalo no tempo onde eventos podem ocorrer indefinidamente.

“A dimensão do tempo torna-se agora o tema central em Só Hoje: nas pétalas que retornam, subindo, à árvore, simultâneas aos carros que passam no seu sentido normal, a sensação gerada é a de um tempo paradoxal, que avança e retrocede simultaneamente, quase uma reflexão filosófica sobre a permanência do agora em relação ao passado e ao futuro. A apresentação do vídeo tem uma analogia com a paisagem, gênero ligado tradicionalmente aos estados contemplativos, reflexivos − lembrando que o espelho (como a câmera) também reflete o mundo, invertendo-o ou alterando significativamente a sua forma. Mainês trata de um espaço de tempo reversível e eterno: paisagem móvel, intervalo de contemplação no fluxo contínuo de imagens massificadas a que somos expostos“.

Texto de Fabrício Vaz Nunes para o catálogo da Mostra Intervalos, Sete propostas Vídeo-Digitais, em 2008.